segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Juiz tinha razão

     Certa vez, sentado em alguma das inúmeras varas da Justiça do Trabalho de Porto Alegre, a instrução está para sair. Era mais um caso de motorista que faz entregas e não tem hora para retornar.
     O Juiz pergunta aos advogados se querem ouvir as partes. A advogada que me acompanha responde que não. O advogado do reclamante responde, adivinhem, que sim. O Juiz, com a calma e tranquilidade que lhe era peculiar, olha para o advogado do reclamante e diz: "mas doutor, porque ouvir o preposto, olha para a cara dele, tem cara de experiente, o senhor não vai conseguir tirar nada dele!". Todos ficaram surpresos, ainda mais eu, mas o advogado foi teimoso: "não Excelência, eu insisto, eu quero ouvi-lo."
     Ok. Começaram as perguntas. E eu, tranquilo e sereno, respondendo tudo sem maiores sustos. Algumas perguntas depois: "sem mais perguntas, Excelência.".
     Voltei para o meu lugar à mesa e o Juiz falou ao procurador do reclamante: "eu não disse que o senhor não iria conseguir tirar nada dele?".

     

    

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